Espondiloartrites: Entenda as diferenças entre Epondilite Anquilosante, Artrite Psoriásica e outras formas de artrite

Imagem que ilustra a doença: Espondiloartrites: Entenda as diferenças entre Epondilite Anquilosante, Artrite Psoriásica e outras formas de artrite

Espondiloartrites são um grupo de doenças inflamatórias que afetam predominantemente as articulações da coluna e, em alguns casos, outras partes do corpo, como a pele e o intestino. Essas condições compartilham algumas características, como a tendência a causar dor e rigidez nas articulações da coluna e a associação com um marcador genético específico, o HLA-B27. Neste artigo, exploraremos quatro tipos principais de espondiloartrites: Espondilite Anquilosante, que afeta principalmente a coluna; Artrite Psoriásica, que pode se manifestar em pessoas com psoríase; Artrite Enteropática, associada a doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa; e Artrite Reativa, que surge após infecções. Entenda como cada uma dessas condições pode impactar o sistema musculoesquelético e os tratamentos disponíveis para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Espondilite Anquilosante

É uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente as articulações da coluna, do quadril, dos joelhos e dos ombros, causando dor, rigidez e fadiga.

A dor lombar é persistente e associada a rigidez, especialmente pela manhã ou após períodos de inatividade. A dor pode se espalhar para outras áreas das costas e também afetar as articulações das nádegas, quadris e ombros. Em casos mais avançados, a coluna pode ficar rígida e perder sua flexibilidade, resultando em uma postura curvada.

A doença também pode atingir outras partes do corpo, como os olhos, o coração e os pulmões.

Essa condição geralmente começa na adolescência ou no início da idade adulta e afeta mais frequentemente homens do que mulheres.

A causa da espondilite anquilosante é desconhecida, mas há um fator genético envolvido, chamado HLA-B27, que aumenta o risco de desenvolver a doença.

O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, que mostram alterações nas articulações e nos ossos.

O tratamento é baseado em medicamentos anti-inflamatórios, imunobiológicos e fisioterapia, que visam aliviar os sintomas e manter a mobilidade articular.

Além disso, exercícios específicos para manter a flexibilidade da coluna e terapias complementares, como acupuntura e massagem são excelentes

A adesão ao tratamento, a prática regular de exercícios físicos e o cuidado com a postura são fundamentais para ajudar a controlar os sintomas da espondilite anquilosante.

Ter um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, controle do estresse e acompanhamento médico regular é fundamental.

A espondilite anquilosante não tem cura, mas pode ser controlada com acompanhamento médico e cuidados adequados.

Consultar um Reumatologista é essencial para o diagnóstico precoce e o desenvolvimento de um plano de tratamento personalizado.

Artrite Psoriásica

É uma doença reumática crônica que afeta tanto as articulações quanto a pele.

Ela é caracterizada pela combinação de sintomas da artrite, como inflamação e dor nas articulações, e da psoríase, uma doença de pele que causa lesões vermelhas e escamosas.

A artrite psoriásica faz parte do grupo das espondiloartrites, que são doenças que envolvem o esqueleto axial e as articulações periféricas.

Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum entre os 30 e 50 anos.

A artrite psoriásica pode causar dor, inchaço, rigidez e deformidade nas articulações, principalmente nas mãos, pés, joelhos, quadris e coluna.

Além dos sintomas nas articulações e na pele, a artrite psoriásica também pode afetar as unhas, causando alterações como manchas, depressões e descoloração. Além disso, alguns pacientes podem experimentar fadiga, alterações nos olhos, como uveíte, e inflamação em outras partes do corpo, como o intestino.

A causa da artrite psoriásica é desconhecida, mas há um fator genético envolvido, chamado HLA-B27, que aumenta o risco de desenvolver a doença.

O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, que mostram alterações nas articulações e na pele.

O tratamento é baseado em medicamentos anti-inflamatórios, imunobiológicos e moduladores da resposta imune, fisioterapia, exercícios regulares para fortalecimento muscular e cuidados com a pele, visando aliviar os sintomas e controlar a inflamação.

Além do tratamento médico, há algumas medidas que os pacientes podem adotar para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Isso inclui cuidados com a pele, como manter uma boa higiene e utilizar cremes hidratantes, evitar o estresse, manter uma dieta saudável e equilibrada e praticar atividades físicas de baixo impacto, como natação e caminhada.

A artrite psoriásica não tem cura, mas pode ser controlada com acompanhamento médico e cuidados adequados.

Consultar um reumatologista é essencial para obter um diagnóstico preciso e desenvolver um plano de tratamento personalizado.

Artrite Enteropática ou Artrite relacionada à Doença inflamatória intestinal (DII)

A artrite relacionada à doença inflamatória intestinal (DII) é um tipo de artrite que pode ocorrer em pessoas que têm doenças crônicas que afetam o intestino, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.

Essa artrite faz parte do grupo das espondiloartrites, que são doenças que envolvem o esqueleto axial e as articulações periféricas.

A artrite relacionada à DII pode causar dor, inchaço, rigidez e deformidade nas articulações, principalmente nas dos membros inferiores, da coluna e da articulação sacroilíaca.

A doença também pode afetar outras partes do corpo, como os olhos, a pele e o coração.

A causa é desconhecida, mas há um fator genético envolvido, chamado HLA-B27, que aumenta o risco de desenvolver a doença. Acredita-se que a resposta imunológica anormal desempenhe um papel importante no desenvolvimento da inflamação articular. Além disso, fatores genéticos e ambientais também podem influenciar a predisposição para essa condição.

O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, que mostram alterações nas articulações e no intestino.

O plano de tratamento pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, imunossupressores, corticosteróides, terapias biológicas e fisioterapia. Além disso, é importante tratar a doença inflamatória intestinal subjacente para controlar as manifestações extraintestinais.

Além do tratamento médico, algumas medidas podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Isso inclui a prática regular de exercícios físicos de baixo impacto, como natação e caminhada, o uso de compressas quentes ou frias para aliviar a dor e a rigidez, e o cuidado com a saúde intestinal, seguindo uma dieta equilibrada e evitando alimentos que possam desencadear a inflamação.

A artrite relacionada à DII não tem cura, mas pode ser controlada com acompanhamento médico e cuidados adequados.

Artrite Reativa

A artrite reativa é uma forma de artrite que ocorre como resultado de uma infecção em outra parte do corpo, geralmente no trato gastrointestinal ou nas vias urinárias. Essa condição é considerada uma resposta imunológica anormal a uma infecção anterior.

A doença faz parte do grupo das espondiloartrites, que são doenças que envolvem o esqueleto axial e as articulações periféricas.

A artrite reativa pode causar dor, inchaço, rigidez e deformidade nas articulações, principalmente nas dos membros inferiores e da coluna. Além disso, alguns pacientes podem apresentar sintomas extras articulares, como inflamação nos olhos (uveíte), uretrite, lesões na pele e ulcerações na boca.

A causa da artrite reativa é desconhecida, mas há um fator genético envolvido, chamado HLA-B27, que aumenta o risco de desenvolver a doença.

A artrite reativa está frequentemente associada a infecções bacterianas, como a clamídia ou a infecção gastrointestinal causada por bactérias como a Salmonella, Shigella ou Yersinia. No entanto, nem todas as pessoas que têm uma infecção desenvolverão artrite reativa, e a causa exata dessa reação imunológica ainda não é totalmente compreendida.

O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, que mostram alterações nas articulações e evidências de infecção.

É importante descartar outras formas de artrite e confirmar a associação com uma infecção anterior.

O uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides é comum para aliviar a dor e a inflamação. Em casos mais graves, podem ser necessários corticosteróides ou medicamentos imunossupressores.

Além do tratamento médico, é importante repousar as articulações afetadas, aplicar compressas frias ou quentes para aliviar os sintomas, manter uma boa higiene pessoal e adotar medidas preventivas para evitar futuras infecções.

A maioria das pessoas com artrite reativa experimenta uma recuperação completa dentro de alguns meses a um ano. No entanto, em alguns casos, a condição pode se tornar crônica e exigir um tratamento de longo prazo.